segunda-feira, 4 de agosto de 2025

 

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Cicatriz na Cirurgia de Prótese de Mama: Quais as Opções e Qual a Melhor?

A cirurgia de aumento mamário com prótese é uma das mais realizadas no mundo. Entre as dúvidas mais comuns das pacientes está a localização da cicatriz. Afinal, onde ela fica e quais são as vantagens e desvantagens de cada opção?

Neste post, explicamos as três principais vias de acesso para colocação da prótese de mama – inframamária, periareolar e axilar – com suas características, prós e contras, além de dados estatísticos para ajudar na decisão.


1. Inframamária: A via mais utilizada no mundo

A incisão inframamária é feita no sulco natural abaixo da mama. É a técnica mais utilizada nos Estados Unidos, América Latina e Europa.

✅ Vantagens:

  • Acesso direto ao plano de colocação da prótese (subglandular ou submuscular), com mais precisão.

  • Menor risco de contaminação e contratura capsular.

  • Excelente controle do sangramento e simetria.

  • Com o tempo, a cicatriz fica escondida no sulco mamário.

❌ Desvantagens:

  • Pode ficar visível quando a paciente está deitada ou se o sulco for alto.

  • Em pacientes com sulco mamário muito alto, pode haver necessidade de ajustá-lo.

📊 Estatísticas:

De acordo com a American Society of Plastic Surgeons (ASPS), cerca de 75% das cirurgias de aumento mamário nos EUA utilizam o acesso inframamário. Estudos mostram taxas menores de contratura capsular (<5%) nessa via, especialmente quando associada a técnica “no-touch” com funil e antibióticos locais.


2. Periareolar: Discrição e multifuncionalidade

A incisão periareolar é feita na borda inferior da aréola, sendo uma opção popular quando há indicação de correção de assimetrias ou alterações na forma da mama.

✅ Vantagens:

  • Cicatriz disfarçada na transição da aréola com a pele.

  • Permite acesso mais amplo ao interior da mama, útil em casos de mastopexia associada.

❌ Desvantagens:

  • Risco um pouco maior de contaminação, pois passa pelos ductos mamários.

  • Pode haver alteração temporária ou permanente da sensibilidade da aréola.

  • Contraindicada em pacientes com aréola pequena.

📊 Estatísticas:

Estudos mostram que o acesso periareolar está associado a uma incidência ligeiramente maior de contratura capsular(6%–10%), principalmente em próteses texturizadas de primeira geração. Ainda assim, é amplamente usada em mastopexias com prótese, pois permite o reposicionamento da aréola com boa estética.


3. Axilar: Cicatriz fora da mama

A incisão axilar é feita na prega natural da axila e é escolhida por pacientes que não desejam cicatriz na mama. Única que não cicatriz na região da mama....

✅ Vantagens:

  • Não deixa cicatriz visível na mama.

  • Ideal para pacientes com tendência a queloide em tórax.

❌ Desvantagens:

  • Acesso mais distante, cirurgião tem que ter experiência e material.

  • Técnica mais desafiadora e geralmente exige uso de endoscópio.

  • Limitação cirurgias futuras de troca ou revisão da prótese, porém se o cirurgião tem experiência não é uma contra-indicação.

📊 Estatísticas:

Menos de 10% das cirurgias de aumento mamário nos EUA usam o acesso axilar. Apesar do apelo estético, estudos mostram que pode haver maior assimetria e risco de má posição do implante quando não realizada por cirurgiões experientes.

🟢 Nossa experiência:

via axilar é a técnica preferida por nossa equipe, sendo utilizada de forma segura e reprodutível mesmo sem endoscopia, com resultados consistentes e alta satisfação das pacientes, sendo realizada de rotina há mais de 25 anos. Contamos com mais de 15 artigos científicos publicados em periódicos internacionais abordando variações técnicas, indicações, complicações e resultados a longo prazo dessa abordagem em cirurgias primárias e troca de prótese e utilizando diferentes tipos de prótese de silicone.

Referências científicas selecionadas

  1. Munhoz AM, Gemperli R, Sampaio Goes JC.
    Transaxillary Subfascial Augmentation Mammaplasty with Anatomic Form-Stable Silicone Implants.
    Clin Plast Surg. 2015;42(4):565–584. doi: 10.1016/j.cps.2015.06.016. PMID: 26408444

  2. Munhoz AM, Neto AAM, Maximiliano J.
    Subfascial Axillary Hybrid Breast Augmentation: Technical Highlights and Step-by-Step Video Guide.
    Plast Reconstr Surg. 2023;152(2):264e–269e. doi: 10.1097/PRS.0000000000010216. PMID: 36727793

  3. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A, Maximiliano J.
    Subfascial Ergonomic Axillary Hybrid (SEAH) Breast Augmentation.
    Aesthet Surg J. 2021;41(6):NP364–NP384. doi: 10.1093/asj/sjab029. PMID: 33480969

  4. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A.
    Subfascial Transaxillary Breast Augmentation: 25-Year Review of 1015 Cases.
    Plast Reconstr Surg. 2025;155(3):462–476. doi: 10.1097/PRS.0000000000011612. PMID: 39023435

  5. Munhoz AM.
    Scar Perception and Outcomes After Transaxillary Breast Augmentation.
    Aesthet Surg J. 2025;45(7):662–672. doi: 10.1093/asj/sjaf052. PMID: 40181516

  6. Munhoz AM et al.
    Subfascial Transaxillary Breast Augmentation Without Endoscopic Assistance.
    Aesthetic Plast Surg. 2006;30(5):503–512. doi: 10.1007/s00266-006-0017-8. PMID: 16977363

  7. Munhoz AM et al.
    Sentinel Lymph Node Detection After Transaxillary Implant Breast Augmentation.
    Aesthetic Plast Surg. 2005;29(3):163–168. doi: 10.1007/s00266-004-0103-8. PMID: 15959693

  8. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A, Maximiliano J.
    Soft Weight Hybrid (SWEH) Concept: Silicone Implants + Fat Grafting.
    Aesthetic Plast Surg. 2022;46(3):1087–1103. doi: 10.1007/s00266-021-02653-1. PMID: 34850252

  9. Munhoz AM et al.
    Influence of Subfascial Axillary Augmentation on Lymphatic Drainage Patterns.
    Ann Plast Surg. 2007;58(2):141–149. doi: 10.1097/01.sap.0000237762.99536.77. PMID: 17245139

  10. Munhoz AM.
    Reoperative Transaxillary Approach Algorithm.
    Aesthet Surg J. 2020;40(11):1179–1192. doi: 10.1093/asj/sjz339. PMID: 32510133


Conclusão: Qual a melhor opção?

A escolha da via de acesso deve ser feita em conjunto com o cirurgião plástico, levando em conta:

  • Anatomia da paciente

  • Tipo e tamanho da prótese

  • Presença de ptose mamária (queda)

  • Histórico de cicatrização

  • Expectativas estéticas e experiência do cirurgião com a técnica.

A via inframamária é hoje a mais utilizada mas nem sempre é a melhor, mas cada caso é único. O mais importante é ter uma conversa aberta com seu cirurgião, entender os prós e contras e escolher a técnica mais adequada ao seu corpo e aos seus objetivos.


Sobre o autor

Dr. Alexandre Mendonça Munhoz é cirurgião plástico com mais de 25 anos de experiência em cirurgia estética e reconstrutora da mama. Atua como palestrante internacional, autor de mais de 200 artigos científicos e referência em técnicas modernas de implante e reconstrução mamária.

Saiba mais

Para conhecer mais sobre técnicas avançadas em cirurgia estética e reconstrutora da mama, acesse nossos sites:

Lá você encontra informações detalhadas, publicações científicas, vídeos educativos e as inovações que utilizamos em nossa prática clínica.

domingo, 2 de maio de 2021

 Quais são as razões paras as mulheres procurarem a cirurgia de aumento de mama com prótese de silicone ?


Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, Prótese de Mama, Prótese de Silicone, Aumento de Mama, Mamoplastia de Aumento
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, Prótese de Mama, Prótese de Silicone, Aumento de Mama, Mamoplastia de Aumento

Pesquisas internacionais mostram as principais razões que as mulheres citam para a procura da cirurgia de aumento de mama com prótese de silicone. A cirurgia que hoje é realizada em ambiente de hospital dia e apresenta rápida recuperação tem como principais motivadores a melhora da imagem corporal, o aumento do volume das mamas e fatores relacionados ao aspecto de sentir-se melhor sem roupa ou com algumas roupas. Na experiência do Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, cirurgião plástico coordenador do setor de Cirurgia Plástica do Hospital Moriah em São Paulo, nos últimos 5 anos esses aspectos foram as principais razões para a procura pela cirurgia plástica das mamas com prótese de silicone. Confira abaixo a pesquisa (www.prof-alexandremunhoz.com)









quinta-feira, 13 de junho de 2019

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz em Cirurgia ao Vivo, Hospital Moriah, Periareolar Hybrid Breast Augmentation

Prof.Dr. Alexandre Mendonça Munhoz

HOSPITAL MORIAH / São Paulo - Brasil

LIVE SURGERY
PERIAREOLAR HYBRID AUGMENTATION-MASTOPEXY WITH ERGONOMIC IMPLANT

  • Prof.Dr Alexandre Mendonça Munhoz, plastic surgeon in Brazil and his team, in a Live surgery at Hospital Moriah/São Paulo, Brazil, complex case of tuberous breast, ptosis and hypomastia : Hybrid Periareolar Augmentation Mastopexy with Motiva Ergonomix Implant (6th generation of Silicone breast implants). 
  • Combined approach with previous pocket evaluation throw subfascial transaxillary augmentation, sizer insertion, skin laxity checking, new areola dimension definition, areolar reduction with Hammond technique (interlocking suture) following with breast fat grafting using closed system PURE-GRAFT and with Munhoz Technique (S.E.A.H.: subfascial ergonomix, axillary hybrid breast surgery). Hospital Moriah, Pure-Graft, Establishment Labs, TAB Instruments.
  •  



LINK TO LIVE SURGERY https://youtu.be/3AymsJ6tLqA
  • Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz em Cirurgia ao vivo no Hospital Moriah com sua equipe em São Paulo/Brasil, caso complexo de mama tuberosa com ptose e hipomastia: Mastopexia periareolar com enxerto de gordura com purificação com sistema fechado PURE-GRAFT e implante de silicone de 6a. geração, Motiva Ergonomix. 

  • Acesso combinado com checagem prévia da posição do implante pela técnica de Munhoz (S.E.A.H.: subfascial, ergonomic, axilar e híbrida) associado com a técnica de Hammond (Interlocking) para fechamento da aréola. Hospital Moriah, Pure-Graft, Establishment Labs, TAB Instrumentos

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Palestra Prof. Alexandre Mendonça Munhoz em Nova York / Breast Implants: Recent Technologies, Trends and Critical Reflections

Breast Implants: Recent Technologies, Trends and Critical Reflections
Palestra Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz em Nova York/EUA
CORE Club / NY

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, palestra no CORE Club de Nova York/EUA, sobre Breast Implants: Recent Technologies, Trends and Critical Reflections. Prótese de Mama, Prótese de Silicone, Aumento Mamário, Aumento de Mama, Motiva, Prótese com Chip, Cirurgia de Mama, Cirurgia Estética de Mama, Plástica de Mama. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz.



domingo, 12 de novembro de 2017

Novas Tecnologias em Protese de Silicone - Scanner 3D, Entrevista Prof. Alexandre Mendonça Munhoz

Entrevista Domingo Espetacular
Novas Tecnologias em Prótese de Mama e Scanner 3D
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz
Hospital Moriah

Alexandre Mendonça Munhoz, prótese de mama, prótese de silicone, scanner 3D, Alexandre Munhoz, Hospital Moriah, Centro Motiva Moriah, mamoplastia, implante de silicone, planejamento 3D.
Entrevista Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, coordenador do Centro de Cirurgia de Mama Motiva Moriah, sobre novas tecnologias relacionadas à prótese de mama no Hospital Moriah. Na matéria foram abordados aspectos relacionados à importância da estética da mama na auto-estima da mulher e novas tecnologias já disponíveis para a programação cirúrgica mais efetiva na cirurgia de prótese de silicone. Introduzido no Brasil em maio de 2017, o Scanner 3D de avaliação de forma de volume das mamas é atualmente uma importante ferramenta para a programação e planejamento da cirurgia uma vez que permite a digitalização em 3D de toda a região mamária, a identificação e diagnóstico de pequenas assimetrias, o cálculo volumétrico e a realização de simulações de resultado com diferentes formas e volumes de próteses de mama. O Dr. Alexandre Mendonça Munhoz apresenta esta tecnologia que está disponível no Hospital Moriah, o primeiro Hospital da América Latina a oferecer esta nova ferramenta como aliado na planificação da cirurgia de mama.

LINK:

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Palestra Prof. Alexandre Mendonça Munhoz no III São Paulo Breast Symposium
15 anos de Experiência com a Via Axilar em Cirurgia de Aumento de Mama com Prótese de Silicone Redonda e Anatômica
World Trade Center - WTC, São Paulo


São Paulo Breast Symposium, WTC-SP, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora no World Trade  Center 2016
São Paulo Breast Symposium, WTC-SP, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora no World Trade  Center 2016
Realizado no período de 29, 30 de setembro e 01 de outubro de 2016, o III São Paulo Breast Symposium (III SPBSS), no World Trade Center (WTC) de São Paulo. Semelhante aos anos anteriores, de 2015 realizado no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e 2016 realizado no próprio WTC, o III SPBSS foi formatado de maneira a manter uma maior interação possível entre palestrantes consagrados na área de cirurgia estética e reparadora da mama, e a platéia formada por essencialmente por cirurgiões plásticos com experiência na área mamária. Este ano o evento contou com mais de 60 palestras, divididas em 20 sessões ou painéis com 3 apresentações cada, fato este que permitiu maior ênfase a discussão entre os palestrantes e, sobretudo com a audiência.

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o São Paulo Breast Symposium (SPBSS), WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
O Professor Alexandre Mendonça Munhoz, co-chairmen do III SPBSS e um dos responsáveis pelo programa científico, realizou no evento duas palestras relacionadas à cirurgia estética da mama com o uso de implantes de silicone, e duas moderações de painéis, relacionadas à novas tecnologias em cirurgia de mama, e emprego de enxerto de gordura como procedimento em cirurgia mamária.

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Abordando sua experiência de 15 anos com a via de acesso axilar, o Prof. Alexandre Munhoz, mostrou os aspectos técnicos, indicações e resultados com o emprego da técnica no aumento mamário com implantes de silicone, redondos e anatômicos (em gota). Segundo o Prof. Munhoz, sua experiência apresentou constante mudanças e evoluções em relação a preferência pela via de acesso e o formato do implante mamário. Desta forma, no início da década de 2000 havia uma maior preferência por implantes redondos e ausência de indicação para via de acesso axilar. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra sobre Via de Acesso Axilar e Implantes de Silicone, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Com o aprimoramento da técnica, o advento do uso do endoscópico e a identificação de sub-grupos de pacientes que teríam melhor benefício com formatos de implantes distintos, houve um aumento do emprego do implantes anatômicos e o início do uso da via de acesso axilar. Com a evolução destes aspectos, atualmente na experiência do Prof. Alexandre Munhoz, o uso da via axilar representa 80% e o emprego de implantes anatômicos quase 50% dos casos clínicos. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante aula sobre Via de Acesso Axilar e Implantes de Silicone Redondos e Anatômicos, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.


Essa experiência resultou em duas publicações indexadas, quais sejam a experiência inicial com emprego de implantes de silicone redondos e uso da via axilar (Aesth Plast Surg, 2005) e a experiência mais tardia com uso dos implantes anatômicos e emprego da via de acesso axilar (Clin Plast Surg, 2015). Em ambas as publicações, foram analisadas a técnica cirúrgica, aspectos relacionados ao planejamento e resultados cirúrgicos com evolução a curto, médio e longo prazo.


Entre os principais benefícios relacionados a via de acesso pela axila, merece destaque o posicionamento da cicatriz em região distante da mama, e desta forma a completa ausência de cicatrizes pós a colocação do implante de silicone, nas áreas mamárias. Em pacientes com pouca definição do sulco infra-mamário ou em pacientes com assimetrias do sulco, a via axilar permite maior precisão na definição do neo-sulco uma vez que não há cicatrizes nesta região.
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Associado a esses aspectos, e as vantagens relacionadas a via axilar e já enfatizadas em publicações prévia, o Dr. Munhoz salientou o consenso publicado previamente e já exposto neste blog, o DELPHI Consensus sobre o uso de implantes anatômicos, o qual coloca as principais indicações e contra-indicações dos implantes. 
Neste consenso, pacientes que desejavam menores aumento de polo superior de mama, e que apresentavam insuficiência de polo inferior da mama, com constrição desta área ou mesmo aspectos relacionados à mama tuberosa ou semi-tuberosa apresentaram os maiores índices de concordância na opinião dos especialistas participantes em relação a indicação e contra-indicação destes implantes. Ademais, foram discutidos alguns aspectos relacionados à indicação atual dos implantes anatômicos e redondos. Desenvolvido pelo Prof. Alexandre Munhoz, o Diagrama de Critérios de Indicação, permite identificar sub-grupos específicos de pacientes de acordo com o volume do polo superior da mama, a espessura tecidual e o volume mamário desejado pela paciente. 


Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Neste sentido, há a possibilidade de identificação de um grupo de mulheres, denominadas na classificação de sub-tipo I, a qual desejam um maior volume no polo superior, apresentam maior espessura tecidual (glândula mamária e tecido adiposo), e não desejam grandes aumentos em relação ao volume do implante. No outro extremo, são as mulheres mais magras, preferencialmente atletas, com baixo índice de massa corpórea (IMC), e que não desejam grandes volumes ou maior proeminência do polo superior, denominadas estas de tipo IV, de acordo com o diagrama. 
Desta forma, as pacientes do tipo I teriam maior benefício com os implantes redondos, já as mulheres do tipo IV, maior vantagem e resultado estético com os implantes anatômicos. Nos sub-grupos intermediários (II e III), cada caso deveria ser avaliado individualmente e empregando outros critérios associados, podendo nestes grupos, benefícios tanto com as matrizes redondas quanto com as anatômicas.
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.







Apesar das vantagens pontuadas previamente, há como em qualquer técnicas algumas limitações inerentes ao procedimento. Como em qualquer cirurgia, alguns fatores limitantes estão relacionados e que restringem a sua maior aplicação. A complexidade da técnica, os custos hospitalares e a necessidade de materiais especiais são mencionados como principais desvantagens da via axilar, sobretudo com o emprego da endoscopia na cirurgia de mastoplastia de aumento. 
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação após palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.


Apesar destas limitações, a técnica apresenta benefícios em relação às técnicas convencionais. Vale ressaltar a ausência de cicatrizes na região mamária e o melhor controle no posicionamento do sulco infra-mamário como as principais vantagens advindas da via de acesso axilar na mastoplastia de aumento. Ademais, com o advento da variante técnica sem o emprego da endoscopia, torna a técnica axilar mais acessível, fato este que implica também em redução de custos cirúrgicos. De fato, e já pontuado pelo Prof. Alexandre Munhoz na publicação de 2006, a técnica promove modificações e estabelece a padronização da via axilar em mamoplastia de aumento, porém sem o emprego da endoscopia. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Publicado em 2006 no periódico americano Aesthetic Plastic Surgery, o Prof. Munhoz descreve aspectos técnicos e a evolução do emprego da técnica em 60 pacientes submetidas a mastoplastia de aumento por via de acesso axilar e em posição subfascial. Por meio de afastadores especiais e marcações e posições pré-estabelecidas aprimora a dissecção na região da fáscia do músculo peitoral maior e na preservação dos vasos linfáticos e nervos da região axilar. Nesta variante técnica, sem o emprego do endoscópico, o posicionamento adequado na mesa de cirurgia além do uso de afastadores e, sobretudo, de descoladores "customizados" permitiu a completa visualização da loja retrofascial e a adequada hemostasia. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Em pacientes brevilíneas e na colocação de implantes de médio volume, a técnica  tem se mostrado exequível, com baixa morbidade e relativa simplicidade do ponto de vista técnico. Ademais, toda a dissecção é realizada em um plano cirúrgico entre a fáscia do músculo peitoral maior e o próprio músculo. Desta forma e frente a essas evidências e somando a inúmeras outras experiências de outros autores analisando casuísticas retrospectivas podemos ponderar que a técnica da via axilar para a colocação do implante mamário de silicone encontra-se estabelecida. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

A padronização da técnica cirúrgica, seja ela com ou sem endoscopia, o emprego da via subfascial em casos selecionados e, sobretudo a atenção a anatomia e a técnica cirúrgica no que que tange a preservação neural e linfática, permite lograr resultados estéticos muito satisfatórios e com índice de complicação baixo e semelhante ao observado nos demais procedimentos empregados na mamoplastia de aumento.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Prof.Dr. Alexandre Mendonça Munhoz e Painel de Complicações Tardias em Prótese de Mama / Painel Jornada Paulista de Cirurgia Plástica/2016

Painel Complicações em Implantes Mamários
Jornada Paulista de Cirurgia Plástica
Problem Based Learning
(PBL)

O Prof.Dr. Alexandre Munhoz participou da coordenação/moderação do Painel de Complicações em Implantes de Mama durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016). A XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica manteve seu modelo de sucesso dos últimos 4 anos, baseada em uma estrutura objetiva, alto nível científico e com ênfase para a discussão profunda sobre alguns temas que geram dúvidas e controvérsia no âmbito da cirurgia plástica estética. 


Embasada no modelo PBL (Problem-Based Learning), a qual por meio da configuração específica de painéis com casos clínicos promove-se a discussão com experts e a platéia, promovendo assim o embate de condutas e soluções para o problema apresentado e, em última instância, a produção e fixação de conhecimento. O processo de aprendizagem por meio de problemas ou Problem Based Learning (PBL), foi introduzido na Universidade de McMaster no Canadá, no final da década de 60, no ensino de Ciências da Saúde. Atualmente é uma proposta pedagógica alternativa ao processo normal de ensino que consiste na solução de problemas, reais ou simulados. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Os alunos, para resolver um problema clínico ou cirúrgico, baseam-se em conhecimentos prévios, discutem, adquirem e fixam os novos conhecimentos desenvolvidos na resolução do problema. Essa forma de pedagogia, aliada à aplicação prática, facilita a retenção do conhecimento. Portanto, o método PBL oferece benefícios, quais sejam, a interdisciplinaridade, o desenvolvimento do raciocínio crítico e de habilidades de comunicação, e a educação permanente. No Brasil, alguns cursos de graduação em Medicina vêm seguindo o contexto mundial de transformação e adotado o PBL no programa curricular. No modelo pedagógico do PBL, busca-se, principalmente, fornecer ao estudante condições de desenvolver habilidades técnicas, cognitivas aplicáveis para o cuidado dos pacientes. 

No modelo original canadense, o PBL tinha as principais características: ausência de disciplinas, integração de conteúdo e ênfase na solução de problemas. Assim, o método levaria ao desenvolvimento no estudante de habilidades para conduzir o aprendizado, a integração de conhecimentos, gerenciamento da educação permanente e capacidade de trabalhar em equipe. 
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.


Após a Universidade de McMaster, várias faculdades passaram a utilizar o método PBL total ou parcialmente, como um currículo paralelo como a Faculté de Medicine - Université de Sherbrooke no Canadá e Harvard Medical School nos EUA). Um dos aspectos mais importantes na estruturação do PBL basea-se na adequada escolha do Professor de Grupo e na construção de problemas produtivos e que se adequem a realidade do cirurgião plástico. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

O Professor de Grupo no modelo da Jornada é representado pelo importante papel do Moderador. Já o Problema são os casos clínicos apresentados durante os diferentes painéis e que refletem o dia a dia do cirurgião plástico. No Painel de Complicações em Prótese de Mama, foram abordados casos clínicos relacionados a complicações tardias, como seroma e contratura capsular. Apresentados na sequência clínica de discussão com pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório houve a possibilidade de discussão com toda os moderadores e a platéia a sequência de investigação diagnóstica, as principais hipóteses e a resolução do caso clínico.

Entre as principais complicações apresentadas, uma em específico mereceu destaque com grande interação por parte da platéia e dos moderados, no caso o Seroma Tardio. De fato, a ocorrência de seroma peri-implante tem despertado interesse crescente, não apenas na cirurgia estética mas também na reconstrução da mama pós câncer. Habitualmente associado ao trauma local ou a infecção subclínica como a contaminação com micobactérias, a preocupação atualmente está mais acentuada devido a dados recentes de um possível associação, rara, mas possível entre implantes mamários e Linfoma Anaplásico de Grandes Células (ALCL). 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Define-se como seroma tardio, a ocorrência de derrame líquido peri-implante e clinicamente sintomático que desenvolve, pelo menos, 12 meses após a cirurgia de inclusão do implante mamário. Sabe-se que o seroma após a cirurgia de implante de mama é uma ocorrência rara, particularmente no período pós-operatório tardio, onde relatos na literatura têm sido principalmente como casos únicos (case-report) ou séries clínicas com pequenas amostras, geralmente seguido por especulação quanto à etiologia.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Muito discutido durante a moderação do painel, foi como conduzir adequadamente o seroma tardio. De fato, na literatura, há uma crescente preocupação com o diagnóstico e tratamento do seroma devido a possibilidade de malignidade fato este que gerou novas recomendações ou algoritmos de tratamento. Em sua maioria, os algoritmos incluem a obtenção de fluido para citologia e culture. Há também mais recente recomendações específicas para o tipo de exames citológicos e patológicos apropriados para a análise dos achados do líquido e da cápsula. 





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